quinta-feira, 8 de abril de 2010

Páginas em Construção

Prescrição informal

As receitas-se confundem as suas miúdas instruções.
E o diagnostico indicava um medicamento pra desintoxicação,
Ou talvez, parar as misturas não digeridas.
A necessitada noite de sono, um relaxar ou uma massagem que me fizesse apagar.
E a inútil sensação de não fechar os olhos...
Não evitar a luz...

A solidão aumenta, com ecoar de uma musica ao longe,
E o abaijour está fora de alcance...
Isso me consome e me dá raiva, medo e o som passa sair da minha boca.

Uma aspirina não alivia a cabeça,
E o mal se espalha para todo corpo.
Uma febre... Uma tonteira e um ronco na barriga.
É a mistura desconhecida!

É a indigestão das palavras erradas.
É a necessidade de degustá-las, sem a fome!
E a sensação de um horrível mal estar e no fim o vômito.

O gosto amargo na boca e o alívio intestinal não vão alem
Da ilusão de um estômago revirado...
Sem ajuda de anticorpos nem plaquetas...

A overdose de vitaminas sedutoras
Aparenta surtir efeito com alucinações,
E assim, meu mal é o mal você...
E os efeitos colaterais se tornaram mediais e distais...
E as bulas e os medicamentos venceram e o clínico era um falsário...
Ingerindo seus remédios pra minhas doenças,
E assim acabar com os sintomas.
E acabar me drogando.

Ronaldo Dolores.

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