quinta-feira, 8 de abril de 2010

Páginas em Construção


Lentes fotográficas

Um cego, olhando os olhos dos outros...
Uma mão esquerda exercendo uma função não coordenada...
Mas caço, acerto e flascho.
Um click, e um deparar e as poses repetidas.

E em meio ao estúdio cotidiano com expressões,
E o foco sem nitidez, sem cor, só a expressão,
E o desempenho cênico...

Uma frase inquieta a minha máquina.
“estar é um pouco de ser”...
Um tempo de pensar até que recarrego as minhas baterias.
E isso é ter por alguns segundos o sonho,
E guardá-lo dentro da lâmpada mágica.
Mas o gênio precisa ouvir seus desejos.
E um gênio precisar mudar...

Então começas a revelar necessária mudança,
E quem sabe sua luz branca queime todo filme...
Talvez haja uma luz vermelha dentro de ti para perfeita revelação,
Ou sombras e fumaças, o desfoque e um trabalho perdido...

Tornas a fotografar a historia e a reconstituir a tradição...
Mas o mundo quer provar que todo mundo está errado.
E novas cenas e fotos nos jornais.
O mundo esta em guerra, com os tremores e os rumores de que tudo vai acabar.
E as minhas lentes não focam todo mundo.
O alcance dela não capta com os megapixels necessários a uma boa resolução.

E a confusão destorcida.
sem disparo, sem filme...

Levando o universo acreditar na minha loucura.
E de Como é difícil captar.
Como é impossível entender...

E de como é chato ser invisível,
E ainda muitos, quererem esse poder...

Mai uma vez...
“Mudo o meu canal da TV”,
“Não o troco, deixo-o”.
Para assim interpretar a noticia ao meu modo.
E não ser um animal adestrado,
Ou uma fotografia sem se revelar.
Ronaldo Dolores.

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